A Associação Latino-Americana de Medicina Social (ALAMES) é uma organização política sem fins lucrativos, formada por pessoas ligadas a diferentes campos da teoria e prática da Medicina Social – Saúde Coletiva na América Latina. Foi formalmente criada em 1984 durante o III Seminário Latino-Americano de Medicina Social, realizado em Ouro Preto, Brasil, aderindo como subsidiária da International Association of Health Economics (A.I.E.S). A ALAMES se une como afiliada latino-americana e caribenha da Associação Internacional de Políticas de Saúde (IAHP) e do Movimento pela Saúde dos Povos (MSP).
Objetivos
Como afirmam os signatários no Ato Constitutivo da ALAMES em Ouro Preto, os objetivos da associação visam coerenciar e promover o pensamento da Medicina Social – Saúde Coletiva no continente, e projetar sua presença diante do problema de saúde global, por meio da pesquisa, do ensino, da trabalho direto com
grupos populacionais e ação solidária. Para atingir seus objetivos, a ALAMES atuará nas seguintes áreas:
- Difusão do pensamento da Medicina Social – Saúde Coletiva e a abordagem da saúde como direito humano e social fundamental, parte do direito à Vida, no continente latino-americano e no mundo.
- Defesa de uma posição contra-hegemônica que combata a visão da Saúde como mercadoria e bem individual, e o enfrentamento do capitalismo e do neoliberalismo como uma ordem global que deteriora o planeta e a dignidade humana.
- Convocar e abordar todas as pessoas ou grupos organizados que tenham participado de atividades, pesquisas, serviços e/ou ensino na área de Medicina Social – Saúde Coletiva.
- Fortalecimento teórico e operacional da Medicina Social – Saúde Coletiva na América Latina, promovendo atividades científicas, técnicas, acadêmicas e de mobilização social vinculadas aos problemas sociossanitários da Região.
- Produção, sistematização e publicação dos avanços no saber, no fazer e no sentir da Medicina Social – Saúde Coletiva.
- Solidariedade com l@s lutadores e perseguid@s pela defesa da saúde, do direito a uma vida digna e do planeta Terra.
- Encorajamento e ajuda para coerência da solidariedade entre e para com os povos que lutam para melhorar as condições sociais e de saúde de sua população, desde o nível local até os níveis nacional, continental e global.
- Defesa dos princípios da dignidade, soberania e respeito às pessoas e povos, bem como da harmonia com a natureza e o pluriverso.
- Estímulo à incorporação ao debate e à produção de reflexões oriundas dos saberes tradicionais.